domingo, 28 de agosto de 2011

O mito da cultura popular



Existem expressões culturais superiores umas às outras? Em especial: podemos considerar, como diz a expressão inglesa, que há uma cultura "highbrow" e uma "lowbrow"?
O crítico cultural Perry Meisel, autor do livro The Mith of Pop Culture, questiona essa perspectiva que considera as lições clássicas como superiores à formação pela música e a TV contemporâneas. Estão com eles todos os que eventualmente dão preferência a uma tarde com Dr. House à leitura de maior erudição, ou os fãs de Beatles que não aprenderam a apreciar música erudita. Será que eles estão perdendo?

Talvez valha a pena conhecer o livro mas, para quem gosta desse polêmico tema de reflexão, certamente vale o artigo: http://www.brainpickings.org/index.php/2011/08/23/the-myth-of-pop-culture-perry-meisel/

Design é uma "boa ação"




Mais um artigo curioso do agitado blogueiro W.W., publicado pela The Economist, na sequência de nosso último post, que discutia o que são as "big ideias", as grandes idéias, hoje.

Neste novo texto, W.W. questiona porque a sociedade norte-americana, que preza tanto a filantropia e a caridade como postura dos milionários, aceita que, muito ao contrário de Bill Gates, Steve Jobs não faça nenhum tipo de donativo. Para o articulista, a interpretação é de que somos gratos a Jobs pela disseminação da qualidade estética, da fantasia mágica dos produtos Apple, que agrada a sociedade.
Gostamos de Jobs como dos Medici, a família italiana que serviu arte à população, enriquecendo a Itália de Donatello, Michelangelo e Leonardo. Com Jobs, porém, a satisfação é ainda mais íntima: a estética trazida a novas vidas pessoais, ao trabalho cotidiano.

Vale ver a boa discussão: Beauty justifies wealth, em http://www.economist.com/blogs/democracyinamerica/2011/08/steve-jobs

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Típico da GERAÇÃO X: Steve Jobs

Desenhista caprichosa de cenas atuais, Virginia Postrel escreve sobre Steve Jobs com características típicas da geração x: bloom.bg/pQTfWa

Cita o jornalista Tom Wolfe, em artigo de 1981: “Homens de negócios não têm mais a convicção de que sua atividade é excitante e glamurosa." Com Jobs, desde aquela época, diz ela, ser um homem de negócios voltou a parecer fantástico.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que é uma "grande idéia" hoje?

Nesta semana a The Economist traz matéria sobre a melancolia dos tempos em que as idéias arrebatavam a sociedade. Agora, a dispersão é grande e o debate... claro: ainda maior.
Como funcionam as grandes idéias em um mundo mais democrático, informado e estudado?
Vale ler o artigo no blog Progress and Privilege:

http://www.economist.com/blogs/democracyinamerica/2011/08/progress-and-privilege?fsrc=scn%2Ftw%2Fte%2Fbl%2Fwhatsthebigidea

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Communal Workspace: como pode ser, para nós?




A cidade de Nova Iorque é atraente para a grande indústria de criação cultural e entretenimento. Entre os prédios enormes da ilha, que acolhem as companhias de estruturas tradicionais, uma outra espécie de criativos, os freelancers e micro-empresários, encontram, nos cafés e hotéis, mais até que em pequenas salas ou espaços alugados, um ambiente estimulante para o dia-a-dia - onde a sensibilidade do mundo e do trabalho dos outros se mescla ao ambiente propício para receber bem clientes e parceiros.

A Fast Company descreveu em detalhes o espaço adotado pelos profissionais criativos em NY no Ace Hotel. Vale ver: http://www.fastcompany.com/magazine/158/ace-hotel-new-york.

sábado, 13 de agosto de 2011

Borges no coração

Para quem gosta de literatura: estamos nos 25 anos da morte de Jorge Luis Borges. O estrela do jornalismo Gay Talese entrevistou o escritor há quase 50 anos e, em homenagem, conta grandes momentos da conversa: http://www.elpais.com/articulo/portada/Borges/corazon/elpepuculbab/20110813elpbabpor_3/Tes

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Colaborações singelas da vida urbana

Aqui, soluções de design que reorientam pequenos hábitos da cidade, como reaproveitamento de sacolas plásticas e até de passes válidos de metrô,
Com impressora 3D e projetos simpáticos, eis os trabalhos dos estudantes do Les Ateliers – Paris Design Institute, no projeto Fabrique Hacktion.
A notícia no blog Ponto Eletrônico: http://pontoeletronico.wordpress.com/2011/07/25/fabrique-hacktion/

O mundo está melhorando: soluções inusitadas

E se pudermos pensar que o mundo - para melhorar - está contando apenas com bons processos criativos levados até a implementação?
O Estadão noticiou esta semana uma solução inusitada para fomento da economia interna das comunidades carentes: a moeda social. A primeira experiência é na Cidade de Deus, no Rio.
Para ver mais: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cidade-de-deus-tera-1-moeda-social-do-rio,756964,0.htm

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ferran Adrià: matar ou domar o monstro





Freud dissera (creio que citava Goethe, mas nunca localizei a referência) que, quando trouxéssemos à tona o monstro das profundezas (nas grandes revelações), não devíamos afugenta-lo sem antes conversar com ele.

Algumas situações da vida - ou do processo criativo, como transformação - são fortes demais, monstruosas. São difíceis de lidar a ponto de atordoar jovens criativos até a morte. Vimos ressurgirem os debates sobre isso agora, com a despedida de Amy Winehouse. Mas são bastante possíveis de lidar - e este é o equívoco quando se diz que Amy não tinha saída. Suportar grandes transformações faz parte do "gênio" criativo.

A (desnecessária) angústia de criar, diante do poder do "gênio", é tema da palestra de Elizabeth Gilbert (no post abaixo) e retorna no exemplo do mestre da gastronomia Ferran Adrià, que ontem - sem muita clareza de motivos para a imprensa - fechou as portas de seu restaurante na Cataluña, o ElBulli, há anos considerado o melhor restaurante do mundo, com chef mais inovador, pelas mais renomadas avaliações.

Ao contrário das especulações, diz ele, a casa não fecha por problemas financeiros. À imprensa, Ferran comenta: "Mi hermano Albert decía hay que matar al monstruo y yo le decía no, hay que domarlo".

ElBulli pára por dois anos para se tornar uma fundação de investimento e pesquisa em diversos campos da criatividade associados à gastronomia. A matéria do jornal El País traz em detalhes o projeto: http://www.elpais.com/articulo/cultura/elBullifoundation/sera/ecologico/tecnologico/elpten/20110125elpepucul_19/Tes

Para ler sobre a despedida do restaurante, na última noite de serviço, em 30 de julho:
http://www.elpais.com/articulo/cultura/luego/elBulli/elpten/20110730elpepucul_2/Tes

Sobre musas e gênios: para criar sem angústia

Formidável vídeo de Elizabeth Gilbert, autora de "Comer, Rezar, Amar", faz uma análise histórica de como a humanidade lida com a genialidade criativa, percebendo as causas da angústia de tantos criadores (até a morte precoce de muitos). A angústia é inerente ao processo criativo? Ela propõe um ponto de vista mais leve para este novo século.
Fala de seu sucesso e do difícil dia seguinte ao espetáculo. Como continuar quando grandes são as chances que seu melhor trabalho já tenha ficado para trás?

http://www.ted.com/talks/elizabeth_gilbert_on_genius.html