quinta-feira, 17 de novembro de 2011
ILLUMINAÇÕES na Panamericana :: EXPO :: 17 e 20 de novembro
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Absoluta elegância ética
Sedução Brasileira: o favorito dos BRICS
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A tecnologia pode esperar
domingo, 23 de outubro de 2011
Photochains
sábado, 15 de outubro de 2011
O Mundo do Futuro
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
SP FOTO com 750 obras
A popularidade em 140 toques
Enigma cinematográfico: a inspiração de Picasso para Guernica
Paul McCartney e Doris Day em conversa aberta
As artes da tragédia: 11 de setembro
Brasil é um dos países com maior proporção de mulheres entre os universitários
A preciosa educação para as artes
domingo, 28 de agosto de 2011
O mito da cultura popular
Existem expressões culturais superiores umas às outras? Em especial: podemos considerar, como diz a expressão inglesa, que há uma cultura "highbrow" e uma "lowbrow"?
O crítico cultural Perry Meisel, autor do livro The Mith of Pop Culture, questiona essa perspectiva que considera as lições clássicas como superiores à formação pela música e a TV contemporâneas. Estão com eles todos os que eventualmente dão preferência a uma tarde com Dr. House à leitura de maior erudição, ou os fãs de Beatles que não aprenderam a apreciar música erudita. Será que eles estão perdendo?
Talvez valha a pena conhecer o livro mas, para quem gosta desse polêmico tema de reflexão, certamente vale o artigo: http://www.brainpickings.org/index.php/2011/08/23/the-myth-of-pop-culture-perry-meisel/
Design é uma "boa ação"
Mais um artigo curioso do agitado blogueiro W.W., publicado pela The Economist, na sequência de nosso último post, que discutia o que são as "big ideias", as grandes idéias, hoje.
Neste novo texto, W.W. questiona porque a sociedade norte-americana, que preza tanto a filantropia e a caridade como postura dos milionários, aceita que, muito ao contrário de Bill Gates, Steve Jobs não faça nenhum tipo de donativo. Para o articulista, a interpretação é de que somos gratos a Jobs pela disseminação da qualidade estética, da fantasia mágica dos produtos Apple, que agrada a sociedade.
Gostamos de Jobs como dos Medici, a família italiana que serviu arte à população, enriquecendo a Itália de Donatello, Michelangelo e Leonardo. Com Jobs, porém, a satisfação é ainda mais íntima: a estética trazida a novas vidas pessoais, ao trabalho cotidiano.
Vale ver a boa discussão: Beauty justifies wealth, em http://www.economist.com/blogs/democracyinamerica/2011/08/steve-jobs
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Típico da GERAÇÃO X: Steve Jobs
Cita o jornalista Tom Wolfe, em artigo de 1981: “Homens de negócios não têm mais a convicção de que sua atividade é excitante e glamurosa." Com Jobs, desde aquela época, diz ela, ser um homem de negócios voltou a parecer fantástico.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
O que é uma "grande idéia" hoje?
Como funcionam as grandes idéias em um mundo mais democrático, informado e estudado?
Vale ler o artigo no blog Progress and Privilege:
http://www.economist.com/blogs/democracyinamerica/2011/08/progress-and-privilege?fsrc=scn%2Ftw%2Fte%2Fbl%2Fwhatsthebigidea
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Communal Workspace: como pode ser, para nós?
A cidade de Nova Iorque é atraente para a grande indústria de criação cultural e entretenimento. Entre os prédios enormes da ilha, que acolhem as companhias de estruturas tradicionais, uma outra espécie de criativos, os freelancers e micro-empresários, encontram, nos cafés e hotéis, mais até que em pequenas salas ou espaços alugados, um ambiente estimulante para o dia-a-dia - onde a sensibilidade do mundo e do trabalho dos outros se mescla ao ambiente propício para receber bem clientes e parceiros.
A Fast Company descreveu em detalhes o espaço adotado pelos profissionais criativos em NY no Ace Hotel. Vale ver: http://www.fastcompany.com/magazine/158/ace-hotel-new-york.
sábado, 13 de agosto de 2011
Borges no coração
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Colaborações singelas da vida urbana
Com impressora 3D e projetos simpáticos, eis os trabalhos dos estudantes do Les Ateliers – Paris Design Institute, no projeto Fabrique Hacktion.
A notícia no blog Ponto Eletrônico: http://pontoeletronico.wordpress.com/2011/07/25/fabrique-hacktion/
O mundo está melhorando: soluções inusitadas
O Estadão noticiou esta semana uma solução inusitada para fomento da economia interna das comunidades carentes: a moeda social. A primeira experiência é na Cidade de Deus, no Rio.
Para ver mais: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cidade-de-deus-tera-1-moeda-social-do-rio,756964,0.htm
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Ferran Adrià: matar ou domar o monstro
Freud dissera (creio que citava Goethe, mas nunca localizei a referência) que, quando trouxéssemos à tona o monstro das profundezas (nas grandes revelações), não devíamos afugenta-lo sem antes conversar com ele.
Algumas situações da vida - ou do processo criativo, como transformação - são fortes demais, monstruosas. São difíceis de lidar a ponto de atordoar jovens criativos até a morte. Vimos ressurgirem os debates sobre isso agora, com a despedida de Amy Winehouse. Mas são bastante possíveis de lidar - e este é o equívoco quando se diz que Amy não tinha saída. Suportar grandes transformações faz parte do "gênio" criativo.
A (desnecessária) angústia de criar, diante do poder do "gênio", é tema da palestra de Elizabeth Gilbert (no post abaixo) e retorna no exemplo do mestre da gastronomia Ferran Adrià, que ontem - sem muita clareza de motivos para a imprensa - fechou as portas de seu restaurante na Cataluña, o ElBulli, há anos considerado o melhor restaurante do mundo, com chef mais inovador, pelas mais renomadas avaliações.
Ao contrário das especulações, diz ele, a casa não fecha por problemas financeiros. À imprensa, Ferran comenta: "Mi hermano Albert decía hay que matar al monstruo y yo le decía no, hay que domarlo".
ElBulli pára por dois anos para se tornar uma fundação de investimento e pesquisa em diversos campos da criatividade associados à gastronomia. A matéria do jornal El País traz em detalhes o projeto: http://www.elpais.com/articulo/cultura/elBullifoundation/sera/ecologico/tecnologico/elpten/20110125elpepucul_19/Tes
Para ler sobre a despedida do restaurante, na última noite de serviço, em 30 de julho:
http://www.elpais.com/articulo/cultura/luego/elBulli/elpten/20110730elpepucul_2/Tes
Sobre musas e gênios: para criar sem angústia
Fala de seu sucesso e do difícil dia seguinte ao espetáculo. Como continuar quando grandes são as chances que seu melhor trabalho já tenha ficado para trás?
http://www.ted.com/talks/elizabeth_gilbert_on_genius.html
quinta-feira, 14 de julho de 2011
1300!!
terça-feira, 12 de julho de 2011
Uma camada de games no topo do mundo
http://www.ted.com/talks/view/lang/eng//id/936
Para Seth, estivemos nos últimos anos construindo uma nova camada sobre o mundo que conhecíamos, com as redes sociais. Agora, esta etapa está praticamente pronta, e cabe ao design agora tornar nossas relações excitantes usando os melhores formatos de jogos.
A proposta não é estranha, quando um levantamento das práticas criativas contemporâneas nas empresas norte-americanas leva a publicações como o livro Gamestorming: A Playbook for Innovators, Rulebreakers, and Changemakers.
Brainstorms têm as características de jogos, e têm sido a maneira mais comum (será também a melhor?) de encadear processos criativos coletivos, em tempos em que a inteligência concatenada tem sido muito estimada.
De fato, surge até a expressão "gamefication" das funções tecnológicas e dos projetos de design. Por que não dos projetos de vida?
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Uma visão para 2019
http://www.youtube.com/watch?v=g9JBSEBu2q8
domingo, 3 de julho de 2011
Comunicação contemporânea : WIKILEAKS
Vale ver: LINK
A festa será no dia 3 de julho, a partir das 13 horas, na Rua Vitorino Carmilo, 459.
Será um evento aberto e gratuito, para quem quer discutir o jornalismo fora da redação.
Não é necessário fazer inscrição.
PROGRAMAÇÃO:
CONVERSA PÚBLICA – bate-papo sobre jornalismo independente
- 14 h: Aron Pilhofer, diretor de interatividade do jornal The New York Times que tem diversos projetos paralelos, como o document cloud, que facilita a disponibilização e proteção de documentos na internet. (www.aronpilhofer.com)
- 15 h: Andrew Jennings, único jornalista do mundo banido pela FIFA de participar de conferências de imprensa por causa das diversas denúncias contra a instituição. Andrew está profundamente interssado no processo da Copa 2014 e vai falar sobre isso. (www.transparencyinsport.org)
- 16 h: Kristinn Hrafnsson, porta-voz do WikiLeaks e um dos maiores jornalistas investigativos da Islândia, vai falar sobre a organização e o julgamento da extradição de Julian Assange, que acontece no dia 12 de julho. Se acatada, o fundador do WikiLeaks pode ficar preso na Suécia pelo polêmico caso de abuso sexual.
+ Às 18 horas, roda de Samba com o grupo Timbó.
A Pública aguarda sua presença!
MAIS INFORMAÇÕES: contato.publica@gmail.com
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Design-e2: excelentes matérias!
http://www.design-e2.com/
domingo, 19 de junho de 2011
+ uma boa da Fundação Gates
www.khanacademy.org
"O extraordinário sucesso de um jovem matemático do MIT mostra como a internet pode ser uma poderosa ferramenta para o ensino - e revolucionar a maneira como as pessoas assimilam conhecimento."
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O futuro com a computação em toda parte
terça-feira, 7 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Ensaio: VALORES PARA O DESIGN DESTA DÉCADA
Ele é frágil: cada gesto de design tem uma identidade permeável. O design é dependente. Design é gratidão e retribuição.
Para servir ao desejo, ele pede traduções e penetrações. Pede encontro. Une o Eu e o Outro, os opostos, as diferenças, as contradições. Ele faz sexo pelo mundo afora (obrigada aos amigos da Box por essa linda idéia). Cada design é design de outra área, a moda é gráfica, a gráfica é industrial, que é nanotecnologia, iluminação, música, arquitetura, engenharia espacial. Designer faz jornalismo, ação política, literatura, medicina, ambientalismo, urbanismo, arte - claro! - arte fundamental. O artista desenha o mundo íntimo que transforma o entorno.
O design dessa década, dessa geração, é um invasor dócil dos interstícios do mundo que já existia.
Design é hacker.
Design que não tem sede pelo novo - o novo pelo novo - mas com uma ânsia por um reposicionar novo, por agir de dentro, por mover a fronteira íntima das coisas, das sensações, da experiência, da liberdade, da facilidade - ao invés de querer lançar fronteiras de futuro que seriam, afinal, apenas mais do mesmo, do velho futurismo.
Um design que ama o passado tanto quanto o futuro. Design de preservação. De conexão. De aproximação. Até de transparência.
Um design amoroso, que faz pontes entre classes, instituições, idades, raças, sexos, nações. As nações vão precisar.
O design dessa década tem a cara da geração jovem, dos Millennials, e tem seu mesmo intuito: por uma dívida com a cultura e com o planeta, fazer a retribuição, um cuidado.
As imagens desse design são muito poucas, elas nem existem ainda.
Olhemos o mundo em volta. Nós somos todos muito jovens.
Obrigada à Escola Panamericana, aos alunos e professores, por estarmos juntos nessa.
Andréa Naccache
OLHAMOS EM VOLTA (Nós somos muito jovens)
Cena da performance Sutra - de Sidi Larbi Cherkaoui e Antony Gormley
com 17 monjes do Templo Shaolin em Henan, China.
Essa condição incita a juventude à experimentação com a comunicação, com a linguagem (nas mídias), e com o corpo ( no uso das cameras, nos esportes de aventura e nas viagens). Esta geração está ganhando liberdade quando recorre aos modelos sociais tradicionais.
A juventude contemporânea terá que reconstruir o mundo com meios viáveis, de agora em diante, lidando com doença, poluição e pobreza, e considerando que as nações mais castigadas estão em ascensão.
Com uma compreensão íntima do design e o senso de responsabilidade pelo mundo, esta juventude está se tornando capaz de construir um futuro mais rico e sustentável.
Investigação dos jovens :: a BOX 1824
Outro tempo, outra geração
Hoje, quase três séculos após o Iluminismo, os Estados ficaram mais e mais organizados, burocráticos. As fronteiras e suas leis, mais estritas: sistemas computadorizados monitoram as entradas e saídas, estatísticas retratam a vida nas cidades, o cotidiano é reportado para uma rede online que melhora seu registro, que segue as trilhas das pessoas, que articula seus dados. O mesmo vale para o corpo, escaneado e medido em detalhes. Ingestão, inspiração, transmissões. Finalmente, também a fala se torna informação categorizada. Cada conversa é registrada, com interesse potencial.
Mas a mudança dos tempos não está nessa intensificação dos recursos que nos tornou hipermodernos. O grande salto está em assumir que os controles produzem dados sem sentido.
No corpo, os detalhados registros fazem os médicos darem opiniões contraditórias. Não sabemos se matamos as bactérias com sabão, ou deixamos reforçar a imunologia. Se poluímos água lavando copos, ou usamos os descartáveis plásticos. Se aprimoramos a genética até a eugenia, ou se mantemos a variedade recomendada por Darwin. Perdemos a possibilidade de falar em um instinto de preservação do indivíduo ou da espécie. Há dados demais para sabermos para que lado está o progresso, para que lado a extinção.
No mercado, a população bem conhecida pelo uso da internet não constitui classes, grupos de comportamento ou clusters. O senso de normal começa a nos escapar.
Nas fronteiras, a imigração que empobrece as ruas e sobrecarrega os serviços públicos é também a única fonte de trabalho e intercâmbio cultural para o futuro.
Não sabemos quais portas abrir e quais fechar.
A potência do Iluminismo nos trouxe ao escuro.
Nesse contexto, cresce uma geração que já não pode acreditar na velha escola, no velho Estado, na política central. As lições são colaborativas: Wikipédia. A imprensa é o facebook. A capital do país é a sua casa. Dali partem as ações sociais, de saúde, educação, sustentabilidade.
Estamos diante de uma geração que renuncia a saber o certo na orientação sexual, na raça, no trabalho – jovens tolerantes, que aceitam a variedade, sem hierarquizar os elementos do mundo. Jovens que abrem seus quartos para estrangeiros, que amam as viagens e as línguas mais diversas, que expõem seus corpos ao extremo do risco nos esportes radicais, em um novo encontro da natureza e da finitude.
Uma geração que só não é anti-moderna porque não pensa pela lógica do antagonismo.
Jovens que vêem o mundo como um mesmo barco, e que usarão toda a História, as tradições, as culturas, para construir seu futuro mais rico.
Unidos por uma maior questão, a extinção, essa geração precisará redesenhar toda a performance humana - em um mundo onde parecemos sofrer da possibilidade. Onde a responsabilidade está na escolha.
Que luz trazem as gerações atuais ao nosso senso de nações e fronteiras? Como, com seu mapa-mundi permeável, de contatos irrestritos, os jovens farão a arte e o design do nosso futuro?
Cenas do Iluminismo
O Renascimento ocidental, entre os séculos 15 e 17, fez a passagem do mundo feudal à modernidade, da sociedade de ordem coletiva à individual, que descobre os valores do homem.
Nesse trajeto, já no século 18 floresceu uma filosofia apoiada na razão, que percebeu o valor do pensamento rigoroso, quase matemático.
Os homens eram iguais na razão (daí os escritos contra o escravagismo começaram a ganhar a luz). Surgiam as primeiras declarações de direitos humanos.
Nossa ética passou a ter uma lógica em rede: “não fazer ao outro o que não quer que seja feito a si”. Por isso, o Estado ganhou leis escritas, fundadas na vontade geral, e três poderes que vigiassem uns aos outros – o Executivo, o Legislativo e o Judiciário – uma artimanha da razão para não deixar os homens tomarem decisões movidos por seus apetites pessoais.
Diderot e D’Alembert, na França, escreveram a primeira enciclopédia, ensinando ao público letrado as descobertas dos cientistas e o funcionamento das formidáveis máquinas que, a essa altura, a engenhosidade humana produzia. Era preciso deixar o povo letrado. Uma proposta de educação.
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutela que estes mesmos se impuseram. Tutelados são aqueles incapazes de fazer uso da própria razão sem a direção de outrem. É-se culpado da própria tutela quando ela não decorre de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução e coragem para fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo"
Sapere aude! - Ouse saber!
Usar a razão para viver bem junto aos outros, e a ciência para construir sobre a natureza. A razão é fazer distinções, categorias, traçar linhas, procurar coerência, evitar cdições.
Nessa forma de modernidade, há sempre o Eu e o Outro, dentro e fora. O homem em oposição à natureza. Cada Estado e seus vizinhos. O corpo do homem e seus antígenos. A modernidade entende barreiras e defesas. Ela define normal e patológico.
A sociedade é pensada como contrato, por Jean-Jacques Rousseau ou Thomas Hobbes. As fronteiras como linhas de independência.